sábado, 19 de outubro de 2013

A Odisseia: A Besta acordou! - Acto 3 Final

Uma noite atrás de outra faz estragos e quando não se consegue dormir muito tempo, piora a situação.
Ainda mais esgotados da ultima noite, com as maos todas arranhadas e cortadas dos peixes e rochas, a moral estava alta, mas o corpo estava em baixo.

Uma ponderação bem longa e demorada, decidiu que seria a última vez que lá iria, com a condição de apenas trazer os mais valentes e graúdos.
Dei a conhecer a minha decisão ao João e mais uma vez não foi preciso muito para irmos fazer a derradeira noitada!

A caminho, o João revela-me que um "desaparecido" iria se juntar a nós, alguém que já não pescava há mais de um ano e estava a "ressacar"!
Refiro-me ao Rui Almada, esse grande maluco que andou desaparecido do mundo da pesca virtual e real, parece agora estar a endireitar a vidinha e juntou-se a nós na última investida :)

Depois de um café com direito a uma cena no mínimo caricata, seguimos para o pesqueiro.
Chegamos e não demorou muito para chegar o último elemento, o Jorge Lopes, que eu tinha desafiado umas horas antes para ir e este não se negou ao "chamamento".

Com a minha Hiro Magister "encostada" por causa do passador, tive que recorrer à minha primeira cana de spinning mas nem por isso menos boa, uma Alpha Tackles Marauder. O material da noite anterior ficou ainda mais reduzido, levando apenas umas 6 ou 7amostras e deixando o resto em casa. Não havia necessidade de irmos carregados quando sabíamos como lhes chegar.

Já a chegar ao nosso sitio, constatamos que a maré ainda não permitia uma travessia segura para o pouso, pelo que esperamos alguns minutos até baixar a maré. Já com a maré aceitável, decidimos dividir-nos em 2 grupos onde eu e o João cedemos o "nosso" lugar, explicamos como fazer a travessia e ainda tiveram direito a visita guiada! Isto sim, é a prata da casa :P

Eu e o João rumamos para outra zona e mais uma vez, não demorou muito para darmos com eles, ao 3ºlançamento já o João tinha um robalote devolvido e eu demorei um pouco mais mas compensou por ser bem jeitoso.
O primeiro da noite para mim
Em menos quantidade e de tamanho inferior, iam saindo alguns robalos e sendo devolvidos à água os que não tinham cerca de 45cm (a olho), mas nada que se compare à noite anterior, a noite estava mais calma...

Calma demais, até eu conseguir ferrar um bom peixe, peixe esse que me pôs o Twinpower a cantar e a cana bem dobrada como nunca tinha visto. Quando pensei ter a luta controlada, apesar de ainda estar mais afastado, veio a pior sensação que se pode ter na pesca, o folgar da linha e a fuga do peixe...

Quando recolhi, completamente lixado da vida, pude constatar algo que nunca me tinha acontecido e que posteriormente me deixou a pensar... O anel do meio onde se segura a argola estava todo torcido e a fateixa bem aberta!!
Silent Assassin 160F a dar as últimas...
Tentei endireitar a fateixa com o alicate, voltei a fazer alguns lançamentos mas a amostra que mais me deu peixe na vida estava destinada a não terminar a Odisseia comigo.:(
A minha "matadora" ficaria para sempre desaparecida logo depois de ficar presa em algo que desconfio ser um aparelho ilegal ou lixo(corda)....
Curiosamente depois de a perder e mudar para outras, deixei de sentir peixe. Coincidência? Nunca saberei, apenas posso deduzir.

O João entretanto lembrou-se de que nunca tinha apanhado nenhum peixe com vinil e estava na hora. Coloca um Black Minnow 120 Azul e começa a lançar para a direita, sem ter grande sucesso imediato. Até que decide mudar para a esquerda e logo nos primeiros lançamentos dá com um robalo atrevido, estava feita a estreia! :)

Os robalos estavam agora cada vez mais escassos e decidimos ir ver como estava a correr a noite com os outros 2 colegas.
Eu fico no meu rochedo habitual, o João vai para outra atrás de mim. Mais uma vez, o leiteiro nos primeiros lançamentos apanha 2 peixes e depois acalma. O Rui juntou-se a ele e aqui começa a diversão...

Estava eu de costas e vejo uma luz a acender atrás de mim, olho e vejo os 2 muito nervosos e linhas enroladas. Não dei importância, achei que fosse apenas uma linha enrolada. Mas a movimentação e nervosismo continuava, não é normal...

Vim a saber depois o que se passou nesses instantes.
Ao fazerem os últimos lançamentos por causa da subida da maré, o João prende um valente robalão e para não estorvar o Rui recolhe a amostra. Ao recolher a amostra dá umas 3 ou 4 voltas ao fio e.....

Resumidamente:
Tentaram desenrolar o fio andando à volta, não conseguiram.
Tentaram cortar o fio, não chegavam à tesoura na bolsa.
Conseguem cortar o fio, a amostra ia para o bolso mas ficou presa no casaco!
O resto do fio enrolado fica preso na ponteira e era preciso tirar à mão.

Finalmente conseguem tirar o fio, deitar a mão ao peixe e....
A amostra "quase" no bolso :D
"AAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH" foi o grito que quebrou a noite, um valente prateado estava na mão do Rui!
Black Minnow e Tarolão
Comparando com os outros... Até parecem pequenos!
A noite estava terminada, não havia mais nada a fazer ali apesar de andar ali bom peixe. Já estava tudo visto, tudo feito!
Na brincadeira, logo na primeira noite disse ao João "Esta noite vamos tirar 2 tarolos cada um, eu fico-me pelos 6kg e tu podes ir até aos 7kg que eu deixo!".
Depois de tirar aquele robalão, ele disse-me "Está aqui o tarolão que faltava".
O Gang da noite
80cm, 5,540Kg e o Tom Sawyer :)
Abismado e pasmado, o Rui não conseguia se conter de felicidade e sentia-se nas nuvens com aquela experiência e logo após 1 ano sem pescar.... "Vocês acordaram a besta! Agora não há volta a dar!!" :)
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Odisseia: A audácia protege os Gradeiros - Acto 2

No dia seguinte à pescaria, cansados e com horas de expediente em cima, a alegria era naturalmente bastante e a moral num estado elevado. Esses mesmos factos demoviam-nos a voltar à carga, por ter sido tão rara a noitada...
Sem vontade, cansados e com poucas horas de sono, as mãos todas rebentadas, decidimos não ir mais (isto à hora do almoço...).
Eis que o meu primo veio chatear-me para ir a pesca com ele, mas para ir à boia ou fundo e eu reticente lá aceitei. Entretanto contei ao João o que iria fazer e aqui começa a reviravolta...

Conversa vai, conversa vem e ele diz-me que contou à mulher que eu ia à pesca com o meu primo e a resposta foi e passo a citar "E tu estás à espera de que? Vai também!". É que nem demorou uns 15mins para mudar todo o plano, vamos os 3 fazer spinning para o mesmo sitio!!

No caminho as opiniões divergiam entre "hoje vai ser igual" e "vamos mas é ter expectativas baixas que ontem foi golpe de sorte".
Chegados ao local e com a conversa em dia, fizemos o briefing ao meu primo de como seria ali a pesca e fizemo-nos à areia.
Ao chegar à nossa pedra vemos que está ocupada por alguém mas os movimentos eram estranhos e diferentes dos que nós fazemos habitualmente quando temos peixe...Até parecia estar a apanhar polvos!! Ficamos um pouco a observar e seguimos para outro ponto de pedra.
Acabados de chegar à pedra, preparamos o material e escolhemos os nossos sítios, sem grande margem para manobras, apenas lançar e sempre com cuidado.

Lançamos os 3 praticamente ao mesmo tempo, um para a esquerda, outro em frente e outro para a direita. Manivelas em riste e.....PUUUUMMMM!!! Um robalo valente na cana do meu primo, que ainda não tinha pousado bem os pés e com o susto fez com que desse um passo em frente e pusesse o pé na poça (literalmente) dando um valente tombo, mas tudo controlado :)
Ao mesmo tempo, o João ainda no primeiro lançamento apanha um também... Isto está bonito está! Parecia que estávamos à pesca do carapau!!

Meus amigos, a partir daí, era uma média de uns 10 lançamentos ou menos até sentir peixe!!
E aqui eu tenho que pedir desculpa por não ter tirado fotos durante a pescaria, mas o ritmo era de tal maneira elevado que nem me deixava parar para pensar em fotos, apenas recolher a amostra, lançar novamente e desviar-me para tirarem peixe.

A partir do momento em que tinhamos 2 ou 3 exemplares cada um, decidimos logo que os peixes que tivessem menos de 2 palmos (42/45 cms +-) eram devolvidos à água por não valer a pena levar "tão pequeno".

No espaço de 1h ou 2h, fizemos à volta de 30 peixes no total!
Pelo meio ainda houve uma situação menos agradável que felizmente não se traduziu em algo pior. Ao lançar, o João não reparou que eu já estava mesmo prestes a puxar para a frente e virou-se para o meu lado com a cana... Uma forte pancada que me fez tremer de medo da cana ter partido, afinal foi "só" um passador torto e uma cerâmica desaparecida em combate. Apenas reparei quando estava a arrumar tudo, agora está nos cuidados intensivos :)
O passador deveria estar assim....
...acabou assim!
O tempo passava, o peixe começava a deixar de entrar com tanta frequência e reparamos que a "nossa" pedra estava livre, pelo que o João decidiu ir espreitar a zona. "Se apanhar peixe, ligo a luz a piscar para virem" disse ele e eu com o meu primo ficamos a tentar mais um pouco.

Vimos o João a percorrer a praia, a subir à pedra, e não tardou muito a vermos uma luz a piscar ao longe. Vamos lá!!

Chegados lá, já o João tinha 2 peixes , um dos quais devolvido e outro jeitoso. Voltamos a assumir as nossas posições e recomeça a festa!

Pelo meio, ainda tive um robalo valentão preso que me deu uma boa luta e pôs o meu Twinpower a cantar mas foi de curta duração, conseguiu soltar-se..... :(

A maré já ia com bom volume, estávamos cansados e rendidos ao óbvio!
Já tínhamos uma pescaria mais que excelente e em quantidade já a roçar o ridículo, então decidimos terminar e ir embora.
Pescaria do João
Os meus e do meu primo
No final, contabilizaram-se 15 capturas para mim, 15 para o joao e 13 para o meu primo. Desses todos, eu trouxe 9 exemplares, o joao 10 e o meu primo 10. Tudo o resto foi libertado na melhor das condições para um dia regressarem!

O caminho até ao carro foi penoso, com dores nos braços de carregar tudo, mas conseguimos...!

Pesa, não pesa? :D
Os maiores atingiram os 2kg e tal e os mais pequenos (que trouxemos) tinha a volta de 1kg.

O sorriso não engana.... :)
Peso total de 12,330Kg para mim, 11,710Kg para o meu primo e 12,650Kg para o João.
Note-se que os leiteiros de serviço até têm uma caixa da Lactogal :D

Todas as minhas capturas foram feitas com a Silent Assassin 160F Ochiayu, o meu primo com a Daiwa SP Minnow Sardine e o João pescou com a Silent Assassin 160F Green Back e Daiwa Saltiga Laser Sardine

Podem bem ver o estado em que ficou a amostra, que era praticamente nova, tinha-a lançado meia dúzia de vezes!
Estava praticamente nova
Ficou neste estado
Esmurrada, arranhada, mas matadora na mesma!
To be continued...
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Odisseia: Prólogo - Acto 1

Nas ultimas 3 noites, eu e o João tivemos, muito provavelmente, as melhores pescarias das nossas vidas. Será difícil relatar tudo detalhadamente pois o corpo e a mente estão de rastos, foram poucas horas a dormir e muitas gastas com a pesca, se não era a pensar na pesca era a falar da pesca e se não era a falar da pesca, era a pescar...!

Começo então com a primeira noite, o inicio de uma aventura bem longe de sequer imaginar o que iríamos ter pela frente....

O desafio lançado pelo João de irmos à pesca à noite foi confirmado após uma rápida consulta às previsões meteorológicas, estava um pouco de vento mas aceitável. Acertadas as coisas, depois de jantar ele passa para me apanhar e seguirmos para o nosso pesqueiro.

Quando lá chegamos, deparámo-nos com um vento incomodo, que não deixava lançar e pescar decentemente, pelo que fomos andando pela praia para tentar apanhar um sitio razoável. Fomos até ao fim da praia para depois chegar à conclusão que mal por mal, com o vento que está mais vale tentar a sorte no nosso sitio habitual.

Faço 1 lançamento com uma Westlab Bakuba 125 A029 e não sinto nada. Faço o 2º lançamento e a meio da recuperação.... Um ataque! Peixe cravado, dá alguma luta e vê-se que já é um peixe jeitoso! Trabalho-o bem, consigo trazer o peixe para perto já cansado e foi só deitar-lhe a mão, o primeiro já cá estava!
O primeiro da noite
Logo de seguida o João crava um peixe que entretanto soltou-se mas no lançamento seguinte voltou a ter peixe, este já lhe conseguimos ver a cor mas ao cobrar acabou por soltar-se, já que estava preso apenas por uma pontinha do lábio.

O tempo vai passando, mudam-se as amostras e quando apostei numa Westlab Macua 165 A41 volto a ter peixe, este mais bruto que o primeiro e já tivemos que mudar de estratégia para o recolher, recorrendo a uma zona da rocha em "rampa" que permitia melhor acesso à água.
Consumada a luta, tinha agora 2 bons peixes, um dos quais bem perto dos 3kg!
Duplex de robalos
Não demorou muito tempo para voltar a ter um terceiro peixe, mais pequeno em relação aos outros 2 mas também não se rendeu sem dar luta!
Triplex de robalos!
O João que estava a ver-se em apuros para acompanhar "expulsa-me" do meu lugar para ver se também fazia gosto ao dedo. Não foi preciso passar muito para também ele dar com eles  e apanha um robalo jeitosinho, também com uma Macua A41.
3-1, isto promete dar luta!
Ainda com a pica toda, o João faz a substituição do avançado e mete um ponta de lança mais rápido e que dê maior profundidade ao jogo (Silent Assassin 160F Green Back) apanhando quase logo de seguida mais um! E logo a seguir? Sim, mais outro!! Estávamos em êxtase, com tanto peixe numa só noite, nunca tal acontecera!
O 3-2, já que 3-3 não teve foto!
Como  não gosto de ficar a ver peixe a sair e eu nada, mudo agora para uma Shimano Silent Assassin 160F Ochiayu para poder chegar onde a Macua já não chegava... Lançamento, outro lançamento, mais alguns e já está!!! Este atacou quase aos meus pés e deu uma boa luta, não fosse ele um bom robalo também a passar os 2Kg! Uma coisa reparei, tão depressa não se soltava, já que vinha preso pelas 2 fateixas traseiras e com meia amostra dentro da boca!
Nham nham nham!
E vão 4....
Ainda não tinham passado 5mins e volto a ferrar outro! Mais um para a minha contagem, eu nem queria acreditar!!
Afinal vão 5!
Ainda estava eu a preparar-me para lançar novamente, o João diz que tem um peixe e eu nem lanço. De repente, baixa a cana e com uma voz triste diz "Foi-se..." e eu apenas perguntei "Então?! Perdeste o peixe?" e ele a rir-se à gargalhada, levanta a cana e com o peixe a bater diz "Não! Enganei-te! ahahahaha :D"
Bem, foi uma risada daquelas, deu para tudo!

Mais uns lançamentos e o João apanha outro mas bem pequenote e mal chegou a pedra, soltou-se logo e foi directo para a água.
Tinha acabado de tirar o pequenote e no lançamento a seguir ainda estava ele a começar a puxar o fio, quando apanha outro, que seria o maior da noite para o João!!
O peixe devia estar a bocejar ou se calhar admirado... :)

Eu entretanto consigo apanhar mais um quileiro e as horas já iam avançadas, o dia seguinte era dia de trabalho e decidimos terminar como sempre, com os 10 lançamentos.
Mais um quileiro, e vão 6!
Estamos nós no 10º lançamento quando "só mesmo para chatear" o João apanha mais um, fixando assim o resultado final nuns surpreendentes 6-7, com 1 libertação pelo meio!! Surpreendente e surreal!!!
Os meus 6 Robalos
Os 6 Robalos do João +1 libertado
Não conseguíamos acreditar, foi uma noite de sonho que nunca nos nossos mais remotos desejos poderíamos imaginar...
Noite fantástica!!!
A dupla não pára!
Em casa os peixes maiores acusaram 2,850Kg, 2,440Kg e 2,640Kg, num impressionante total de...9,330Kg para mim e 6,680Kg para o João!!
O meu maior, com 68cm e 2,850Kg
Ficamos de rastos, com as mãos todas picadas e arranhadas, o corpo cansado e cheios de sono... Mas tal como eu disse no inicio, foram 3 noites e esta foi apenas a primeira...!

To be continued...
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O Velho e a Missanga

Inspirado pelo titulo do livro "O velho e o mar", vou-vos contar uma pequena história que se passou recentemente.

Com uma pequena abertura nas condições ideais para ir a pesca, tratei de falar com o meu primo e o João para fazermos uma investida de spinning nocturna. Por causa do trabalho o João acabou por não nos acompanhar nessa jornada, ficando eu e o meu primo por conta própria.

Fomos espreitar um sitio que nos tem dado algumas alegrias e as condições já estavam alteradas, é incrível como num espaço de dias umas marés mais fortes podem mudar completamente o perfil de um pesqueiro!
A ideia foi fazer a ponta inicial da enchente, pelo que quando chegamos já estava quase a chegar à viragem. Fomos andando praia fora e vimos muitos pescadores a tentar a sua sorte ao fundo, algumas das zonas tinham bom aspecto...

Chegados a um cantinho, faço o primeiro lançamento...Faço o segundo e estou eu a comentar alguma coisa com o meu primo quando tenho um ataque e rapidamente coloco o peixe a seco, mais uma missanga para safar a grade :)
A missanga da noite :)
A maré foi subindo e tivemos que ir recuando até ter mesmo que abandonar o sitio inicial, até porque desta vez não levei fato mas sim os vadeadores (estava preguiçoso!).
Voltamos a contornar os pescadores de fundo e experimentamos outro canto que mexia bem mas a maré já fazia das suas e um susto podia acontecer a qualquer momento, pelo que estivemos pouco tempo nesse sitio.

Novo rumo, encontramos uma abertura entre rochas que poderia ter alguma surpresa reservada. E como eu acertei! Ao fim de 3 lançamentos sinto algo preso, mas era um peso morto. De repente, começa a mexer e a dar puxões, mas não eram puxões normais! Poderia ser um polvo ou algo semelhante, até que começo a ver uma linha... "Olha, queres ver que apanhei um aparelho ilegal?!" e continuo a puxar. De repente, está no ar a minha amostra e....Uma chumbada.

Meus amigos, eu estava a pescar sem exagero a mais de 50m de distancia entre 2 pescadores de fundo. Havia rochas de um lado e rochas do outro dentro do mar à minha frente. E apanho uma linha?!

Tentei não fazer caso, fui água dentro para soltar a linha e vejo o senhor na areia atrás de mim a murmurar algo, mas não percebia o que por causa do barulho do mar. Pego na chumbada e pergunto-lhe muito calmamente "Isto é seu?" e ele faz-me uma cara de sei lá o que e diz encolhendo os ombros "Claro...!"

Entrego a chumbada, ele corta a linha, murmura mais algo e depois sai-se com a brilhante frase "Lancem em frente pah!", vira costas e segue caminho.

Para terem uma noçao, tentei arranjar uma imagem que pudesse demonstrar como estavam as pedras e as linhas na altura da "colisão" e depois podem tirar as conclusões que quiserem... ;)

Imagem apenas representativa
A linha verde era a minha e eu estava a lançar para uma zona de pedras semelhante a essa. A vermelha representa a linha do outro pescador, a pescar à esquerda das pedras e cuja linha eu apanhei em linha recta entre as pedras... Por isso já sabem, lancem "em frente" paaahhh :P

Abraço!
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